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domingo, 30 de janeiro de 2011

UMA BOA SEMANA

"Ouvir e escutar não é a mesma coisa. Ouvir dirige-se ao exterior, é mais ou menos superficial e efémero. Escutar é por dentro, é captar o significado profundo das palavras, dos gestos e dos silêncios, é aprender as razões, as intenções e os segredos do coração.

Aliás, só com o coração conseguimos escutar bem. Às vezes, ouvimos muitos ruídos, mas não escutamos nada; outras vezes, escutamos aquilo que não se ouve..."

P.Vasco Pinto de Magalhães,s.j.

sábado, 29 de janeiro de 2011

SEPARAR "AGUAS"....


Tem-me sido complicado separar as "águas". Se aqui venho, e eu gosto de escrever, ainda não consegui fazê-lo, sem que algum post não me leve à tentação de falar do Afonso.

Acho que não é correcto, pois mesmo para minha ajuda,
e também para os que me possam visitar, eu terei, outros temas passados que podem distrair-me e serem "leves" para os amigos.

No FB, onde tenho uma página e também o meu filho aberta, pois os irmãos e amigos pediram, surgiu-me a ideia de criar um blogue só dedicado ao Afonso.

Assim poderei, escrever o que me recordo, o que guardo para sempre na memória, como as suas peripécias, diversões, sucessos e fracassos.

Derramarei aí todas as minhas lágrimas, toda a minha dor com a sua partida mas também, toda a alegria e felicidade que ele me proporcionou.

Acho que será uma boa ideia e que muito me irá ajudar. Depois decidirei se será aberto, permitido só aos mais próximos ou somente para mim...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NÃO SE CONSEGUE ESCONDER...

Foi um dia difícil.

Houve quem me tivesse ouvido mas também houve alguém que, estando comigo já depois de não ter mais lágrimas, re-pintada, comentei horas mais tarde:

Está frio. Sinto as mãos geladas!
- E os seus olhos também estão gelados.
- Como?
- As lágrimas congelaram e noto-lhes o brilho...

Isto só de um amigo que me conhece tão bem e... que está muito atento!

Obrigado Rui!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

GRITO DE ALERTA!



UMA BOA SEMANA

"Ao levantar-me esta manhã, posso olhar o dia como um peso que me vai cair em cima ou como umdesafio que me chama para a luta, como uma oportunidade única de crescer e estar com os outros, de dar o meu contributo para um mundo melhor.

Tudo depende da maneira como eu encaro o dia"

Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

COMO SE COMPLETA UM PUZZLE?

A vida para mim, é como um puzzle. Encontrei no decorrer da mesma, peças que fui juntando. Eu tive a felicidade de encontrar sem muito procurar e elas foram-se encaixando, e formando algo bonito, colorido e harmonioso.

Posso dizer, sem sentimento de culpa, que me tornei numa pessoa optimista, positiva, alegre.
Contudo e talvez para eu não pensar que seria sempre assim, Alguém escondeu-me uma "peça".

Uma peça que já lá esteve, e que tanta falta faz para que prossiga este puzzle. Sinto-me naquela fase de desorientação, de procurar desesperadamente por algo que preencha esse espaço deixado em aberto,mas nada consegue sossegar o meu sentimento de perda.

Tenho que desistir de continuar nesta busca incessante pois sei que ela está bem guardada e quanto menos eu me atormentar mais facilmente encontrarei maneira de preencher o seu espaço!

Esse Alguém teria um designio para essa peça, e quando me encontrar com Ele, ou até antes, me dirá ou dará algum sinal?

Vou tentar, com todas as minhas forças, aceitar mesmo que isso me dê a sensação de descontinuidade e vontade, por vezes, de ficar perdidamente, a pensar se o puzzle, é para dar continuidade.

Tenho que pensar que sim...

domingo, 16 de janeiro de 2011

UMA BOA SEMANA

"Podemos ver aquilo que nos rodeia como uma realidade opaca:um écran que está ali e não é mais do que isso.

Mas há uma maneira de olhar o mundo, de vê-lo no seu conjunto e na sua profundidade, que torna a realidade transparente. então cada coisa revela uma história, um sentido, um valor...

Quando conseguimos olhar deste modo para o mundo sentimos que vale a pena viver."

Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

RECOMEÇAR...

Olhar para esta folha branca e tentar escrever é-me difícil. Depois do que vivi, acho que tudo o que diga é banal. Mas será?

O texto abaixo mencionado, poderá ajudar-me a ultrapassar esta fase de vazio. Na verdade nunca me perguntei "porquê" mas também nada me interroguei e nem sequer senti revolta. Seria o meu subconsciente a ditar-me as reacções, a dizer-me que contra a força que está fora do nosso alcance nada se pode fazer?

Talvez o mais inteligente seja eu começar a pensar profundamente "para quê". Só aceitando uma razão justa é que poderei minimizar a dor. E será isso, com ajuda da minha fé, que irei tentar.

Apetecer-me-à falar do Afonso, como poderá ser da Rita, João, Sara, Filippo, Vasco, Vabenne. Tenho óptimas recordações, episódios engraçados para relembrar e experiências que me foram enriquecendo. Tudo isso cabe neste cantinho.

É verdade...deixei a minha lua de mel incompleta, a estadia em Macau por terminar, os sítios que visitei que mais me marcaram, as peripécias de uma feliz e descontraída juventude, a aproximação do casamento da Rita (Viana nunca terá tantos italianos juntos!), as gracinhas e cumplicidades de neto para avó, etc, etc, etc.

Mãos à obra e aprofundar a frase "para quê" tudo o que a vida me tem dado.

domingo, 9 de janeiro de 2011

UMA BOA SEMANA

"Mas porque me haveria de acontecer? Mas porquê eu? Porquê esta situação, esta dor? Há perguntas erradas.

Pergunta antes e sempre: "para quê" Para quê, onde leva? Que posso fazer com esta experiência, esta relação, esta morte? Que nos ensina, que nos mostra?

Há pessoas que não passam da "idade dos porquês".

Ficam a olhar para trás feitas "estátuas de sal", sem saída. Pergunta pela finalidade: importa o "para quê" da vida.


Vasco Pinto de Magalhães, s.j"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ONDE ESTOU? O QUE SOU?

Ainda acho que estou na fase da negação, ou pelo menos, sempre que me lembro que fez ontem um mês que nos deixou, de uma forma tão repentina, tento vaguear o meu pensamento para outras coisas, pego a correr num livro para me ocupar a cabeça, dou uma volta pela casa de andarilho e recomeçei a trabalhar na clínica.

Contudo, já chorei mais este mês do que toda a minha vida e quando os "truques" que arranjo para me dispersar não dão, as saudades são tão grandes e a dor tão forte...

Não quero chegar à revolta e penso que, onde estiver, não gosta de ver a sua mãe assim e que é mais um anjo que olha por mim. E é isto que eu quero interiorizar mas é tão difícil...

Sei que continuo com tudo o resto, e que ainda tenho motivos para lutar, para sonhar, para sorrir, para amar mas nada substitui a sua presença...

Uma mulher quando perde o marido é viúva, se perde os pais é orfã e quando perde um filho? Quem souber que me diga.

Quero continuar a escrever neste meu cantinho.