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domingo, 28 de agosto de 2011

Uma boa semana.


"Quando chega a noite e olho para trás posso compreender melhor a importância de me ter levantado, ou não, àquela hora, o valor de tal visita, o impacto do que disse e ouvi.

A vida estende-se de frente para trás. Só um dia saberei o valor de cada passo.

É preciso muito cuidado com o desânimo, pois posso estar a desvalorizar algo em relação ao qual, um dia mais tarde, poderei dizer: Que bom foi ter acontecido!"

Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

sábado, 27 de agosto de 2011

Mais uma batota!!!

Outra batota!

Deixei um espaço livre onde descrevi a despedida do João, Sara e Vasco. Depois foi recordar, não deixar a empregada limpar as vidraças que dão para o relvado onde o meu neto tanto brincava trazendo folhas e relva para a avó, deixando nas mesmas as marcas das suas mãozinhas!

Avó bacouca mas que vibra assim!

Hoje já me sinto mais recomposta e sonhando com o novo encontro, este com a Rita e o Filippo!

Espero que me desbloqueie a memória e me surja imaginação para escrever neste espaço que me aparece em branco.

Temas existem mas tem que haver um"clique" nos neurónios! Escrever no decorrer do pensamento é fácil. Difícil é pensarmos: tenho que escrever e isso eu não consigo.

Como por exemplo esta semana dediquei-a a imaginar tarefas que me ajudarão a melhorar a locomoção e não estar sempre a martirizar-me: vou começar a pintar a carvão e a não esquecer tanto os livros aqui postos na mesa de trabalho. Terapia pessoal que é tão importante se os médicos dizem que o agravamento da minha locomoção é em grande parte psicológica devido ao trauma e por conseguinte ao luto que estou a fazer. Eu sabia que a cabeça comanda muito mas ninguém me ensinou a fazer "off" e "on". Tenho que ser eu com o que conheço de mim.

Requer esforço, vontade e muita esperança. E isso sempre tive e espero que não seja agora que mais preciso, que vou perder.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Despedidas = vazio???

Partiram!

Foi uma semana em cheio e agora é o vazio.

Ouvir o movimento pela casa, o palrar constante, os sorrisos e os risos, as brincadeiras, as salas cheias com o correr, o saltar, os entretimentos sozinho ou com a avó, deixaram-me uma saudade imensa!

Não é por ser meu neto, mas é um poço de doçura e de alegria.
Estando eu limitada a uma cadeira de rodas temos uma empatia enorme. Não posso brincar às escondidas, não posso correr atrás dele para o encher de beijinhos, não posso tê-lo a meu colo e fazer o cavalinho, mas também não preciso pois ele faz-me tudo isso!

Esconde-se e aparece feliz, corre para mim para trocarmos miminhos e sentam-no ao meu colo e inventámos um cavalinho que o faz rir à gargalhada! Acha graça à cadeira a que chama "carro da avó", achando que os travões das rodas são as mudanças que ele maneja tão bem e empurrando damos umas voltinhas pequenas. Ao andarilho acha que é uma casinha e quantas vezes se senta envolto nele a brincar com os seus carrinhos ou sentado a pintar o seu livro de colorir.

E isto tudo me deixa tão feliz e com a certeza que ainda sou útil para o meu neto. Canto, entretenho-o para comer, brincamos, fazemos caretas um ao outro e somos cúmplices em tantas malandrices que ele faz!

Tenho tanta ternura que ainda não consegui encontrar um "petit nom" para o tratar: "estrufe", "pirralho", "pecheneca", Vaskotita, piolho, etc,etc,etc. Quando a ternura não tem limites tenho a tendência de arranjar "petit nom" como tenho para o marido e filhos. Ao Vasco Junior ainda não acertei!

Partiram ao fim de uma semana! Agora irei preencher os momentos com as magnificas recordações. Contudo não consegui, depois de saírem, conter as lágrimas todo o dia. Queria parar e elas escorriam-me pelos olhos.

Porque é que as coisas boas têm que terminar? Porque tenho os meus filhos tão longe? Porque é que depois de uma vida tão feliz "ela" agora não me proporciona a possibilidade de me deslocar sozinha e ir ter com eles?

Tantos porquês e porque não: eu posso! Tenho apoios, tenho facilidades nos transportes, tenho sítios preparados para me receberem onde eles estão a viver. Tenho é que perder o medo de incomodar, o medo de não me aventurar.

Meu querido neto, um dia destes a avó vai ter contigo!

domingo, 21 de agosto de 2011

Uma boa semana.



"Distribuir é uma sabedoria. Pode pensar-se que é fácil e que, para ser justo, basta dividir em partes iguais para cada um. Mas não, essa seria uma justiça cega sem coração.

Distribuir é dar a cada um aquilo que cada um necessita. E como as necessidades são distintas, só há igualdade se se atender à diferença."


Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma semana em cheio!

Durante uma semana, tenho cá o meu filho João, Sara e o Vasco Junior! Vão ser dias que irei aproveitar ao máximo a sua estadia!

Claro que a "vedeta" é o meu neto! No espaço de 15 dias fez imensa diferença: na fala, nas brincadeiras, na comunicabilidade e na indepêndencia. Cada vez me entretenho mais a vê-lo brincar e tagarelando sózinho.

Adora ir para o jardim, colocar-se de joelhos junto a um vaso largo cheio de terra e "catar" torrões e pedrinhas que vai deitando para a relva. Mas a certa altura deve pensar e com razão que esvaziá-lo demora muito tempo e então vai à mãozada. Fico "deliciada" com a decisão dele pois é terra pelos ares!

Claro que as salas se transformaram em salas de brinquedos e todos os materiais "proibidos" foram retirados. Tudo se transforma por causa de um pirralho!

É um verdadeiro "macaquinho" pois imita na perfeição o que dizemos mesmo as palavras complicadas. É um poço de boa disposição, alegria e genica!

As refeições com todos à mesa são uma delícia e de manhã ouvir esta vozinha dizer aos pés da minha cama: kuku Avó deixa-me com o dia quase ganho porque de alma cheia só à noite quando ele vai dormir!

Pensar que vão ser dias assim vou ficar, de certeza, com muitas reservas, eu que andava tanto a precisar!



domingo, 14 de agosto de 2011

Uma boa semana


"Há os que gostam mais do sol, outros mais da chuva, outros nem de uma coisa nem outra.

E se chove, os que gostam do sol já acham que estraga o dia!

Ora, o sábio é o que gosta do sol e da chuva, seja do que for, porque de tudo sabe tirar partido e aproveitar o bem que ali se encontra."


Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

sábado, 13 de agosto de 2011

Sementes ao vento!

Gostaria de deixar aqui um post que escrevi no blog do meu filho Afonso e que para mim retrata bem o que ele foi na sua curta vida. Sem pieguices, sem choros mas com um orgulho muito grande!




"A sua vida curta deixou sementes como que atiradas ao vento por todo o lado onde foi passando. Há quem passe uma vida longa sem deixar nenhuma!

Desde muito pequeno e até partir, foi atirando "pós" de amizade, de camaradagem, de companheirismo às pessoas que lidou de perto. Tem amigos verdadeiros da infantil, da primária, do secundário e da universidade. Deixou amizades sinceras nos seus colegas de trabalho e nos companheiros das festarolas, dos encontros para a jogatina, das churrascadas ao fim de semana, dos encontros em sua casa com bom gosto culinário e dos destinados simplesmente à desbunda! Foi sincero e amou todos como eles foram para si.

Sabia guardar um segredo como de mais sagrado se tratasse. Deu-se com pessoas humildes e mais cultas com a mesma igualdade de tratamento.

Concerteza zangou-se, teve que dar um berro ou um murro na mesa mas tenho a certeza que no instante seguinte estava tudo esclarecido, esquecido e de bem.

Não aceitava a maldicência, a falta de respeito, a inveja ou a traição. Amou a sinceridade com toda a sua força!

O ambiente à sua volta era de uma alegria contagiante e quantas vezes era criado e incentivado pelas suas "maluqueiras" como, anedotas, caracterização de pessoas, música alta, danças do kizomba como se tivesse aprendido em África e imitações dos nossos patrícios africanos! Ninguém conseguida continuar mal-disposto ou zangado depois dessas tropelias!

Por isso é que, meu querido, os seus amigos em vez de "pesâmes"ou "sentimentos" me disseram uma frase que naquele momento e que tantas vezes me lembro, desse tanto orgulho a esta Mãe:

OBRIGADO PELO AFONSO!!!



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A minha batota!



Há umas palavras que apesar de serem feias, depois de explicadas, tornam-se mais compreensíveis, e uma delas é esta ao lado!

Todos os domingos penso mais nos amigos, nos conhecidos, nos que vêm por curiosidade a este canto e desejo que todos tenham uma boa semana que se inicia.

Escolho sempre uma pequena citação do padre jesuíta, Vasco Pinto de Magalhães, para que possamos reflectir, e se possível que nos toque, para que a semana corra melhor.

Contudo e por vezes, o domingo passa a correr mas eu tenho que abrir o computador e deixar um espaço reservado para este tema. Posso vir a escrever mais tarde, até porque escolho as leituras, mas tenho que desejar " uma boa semana".

Estou perdoada por esta pequena batota não estou?

domingo, 7 de agosto de 2011

Uma boa semana

"Ir ou não ir na onda", eis a questão. Estes tempos de verão despertam em muitos o desejo de fazerem o que está na moda, de competirem,de se divertirem até à exaustão para se mostrarem e se sentirem como todos.

Que cansaço de férias têm alguns!

É preciso coragem para não ir na onda, para buscar o que é saudável, o que purifica, e isso só com vida interior se consegue.


Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

sábado, 6 de agosto de 2011

Solidão


> > Solidão - Francisco Buarque de Holanda


> > Solidão não é a falta de gente para conversar,
> > namorar, passear ou fazer sexo.....
> > isto é carência.
...> >
> > Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de
> > entes queridos
> > que não podem mais voltar.....
> > isto é saudade.
> >> >
> > Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,
> > às vezes, para realinhar os pensamentos.....
> > isto é equilíbrio.
> >
> > Solidão não é o claustro involuntário
> > que o destino nos impõe compulsoriamente
> > para que revejamos a nossa vida.....
> > isto é um princípio da natureza.
> >
> > Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado.....
> > isto é circunstância.
> >
> > Solidão é muito mais do que isto.
> > Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
> > e procuramos em vão pela nossa alma .....

E é isso que eu começo a sentir mas tenho que combater com todas as minhas forças...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As férias que escolhi.


Este ano não terei provavelmente férias no sentido de sair alguns dias de casa.

Resolvi foi dar férias ao fisioterapeuta, à enfermeira da acunpultura, e à psicóloga.

São férias que me têm sabido bem pois fico com mais tempo para mim.

Pode não parecer mas um dia com este, outro dia com aquela, outro dia ouvir e falar dos nossos medos e dificuldades de enfrentar as coisas do dia a dia, cansa. Portanto tudo e ao mesmo tempo de férias!

Claro que terei que fazer sozinha os meus exercícios de fisioterapia, mas faço na pausa de uma leitura, no intervalo de uma escrita e não a horas marcadas e estipuladas!

Dizem que férias é variar de actividade e eu, à falta de melhor, variei assim.

Também se diga que a vontade fisíca e psíquica não é grande para deixar o meu cantinho, as coisas que me dão tanta ajuda no dia a dia e o meu conforto. Dizem as amigas que é comodismo, uma depressão devido ao que me aconteceu, uma falta de interesse ao mundo exterior.

Pode ser que tenham razão mas este ano foi as férias que eu escolhi sem dramatizar: tranquilidade, preguiça em relação aos técnicos e mais tempo mais livre para mim.