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sexta-feira, 30 de julho de 2010

CHEGADA DO NUCLEO DURO DA FAMÍLIA

Penso que até domingo, pouco tempo me irá sobrar para cá vir. Chega hoje o núcleo duro da família e todo o tempo é pouco para estarmos juntos, conversarmos, ouvir cada um contando uma peripécia, um projecto, uma realização.

Depois tenho a "figura" principal que é a delícia do meu neto: como será que eu e ele, que só tem 10 meses, conseguimos falar, barafustar, descobrir as vontades um do outro e rir! Rir das nossas expressões, rir das nossas brincadeiras, rir de olharmos sómente um para o outro.

Assim,com a casa cheia de tudo de bom, só poderei aqui vir eventualmente, quando todos estiverem a dormir!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A MENINA DA PESCADINHA


Enquanto o Vabenne regava a relva (deixando no ar um cheiro e um fresquinho delicioso!), distraidamente olhei para o que estava a dar na RTP2.

"A menina da pescadinha". Uma reportagem, onde acompanhavam a madrugada e o dia de uma vendedora ambulante de peixe.

A sra. tinha um ar simpático, descontraído e via-se que era uma mulher de armas.

Viúva, com dois filhos e já reformada, lançou mãos ao trabalho, e continuando uma tradição antiga da família, comprou um forgão e passou a vender peixe pela rua.

Acorda todos os dias às 3,00h da manhã para se dirigir ao mercado abastecedor. Como já faz isto há longos anos, conhece a maioria dos fornecedores, troca umas piadas, conta umas anedotas, refila com o custo do peixe. Às 6,00h está despachada e regressa a casa onde descansa ou vê TV.

Por volta das 9.30h, mete-se novamente na sua forgão e estaciona na rua do Almada em Lisboa (se não estou em erro). Afixa os preços numa ardósia, abre as portas traseiras e começa a sua venda. Clientes não lhe faltam, daqueles já habitués da "menina da pescadinha"! Às 15.00h dá o seu dia de labuta terminado, sem antes, lavar a banca e os expositores improvisados e o chão da forgão: a água escorregue por um tubo para a berma da rua.

Regressa a casa, deixando umas encomendas no percurso recolhendo-se para finalmente dar o seu dia por terminado e ganhar forças para o seguinte.

Admiro pessoas lutadoras, que ganham o seu salário com o seu trabalho, sou mais que a favor deste relacionamento de confiança e até amizade entre vendedor-comprador, mas pergunto:

A ASAE viu esta reportagem?
Foi constituída para quê?
Os que pagam o seu espaço no mercado municipal ou na sua loja não ficarão a perder?
Umas vezes o tradicional é turístico outras não?
Que País é este com duas medidas e dois pesos?

Depois não se esqueçam de dizer que os portugueses são uns abusadores...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A FELICIDADE DE SER AVÓ


Foi a primeira vez que o Vabenne e eu vivemos o Dia dos Avós!!! Confesso que não sabia, ou então nada me dizia este dia e por isso passava-me despercebido.

Mas, para ser sincera, além do Dia dos Avós, acho que deveria também existir o Dia dos Netos.
É que, na verdade, ser Avós, é ser Pai ou Mãe outra vez! Não é teoria e tu deste-me essa certeza. Ontem ouvi-te, como sempre a gargalhar e a palrar!!! Diz a Mãe Sara que tu já gatinhas e começas a querer tornar-te, aos bocadinhos(...), mais independente.

Como nos vamos deliciar, se Deus quiser, neste fim de semana: os pais, os avós, o tio e até a tia Rita que vem de Itália para estarmos todos juntos! Os planos que a Avó já fez, as ideias que já teve (espero que os pais e o Papa Baffonne não sejam desmancha-prazeres...).

Tu, meu querido, consegues pôr a Avó, uma super-extraordinária-interplanetária-extra imaginária canibal(!), pois o teu olhar doce, as tuas expressões de magnífico observador, as tuas gargalhadas e o teu "pátua", só me dá vontade de te apertar,mordicar, trincar, comer!!! (soa-me a uma música qualquer que, de certeza, nunca te irei ensinar...).

Parafraseando Álvaro Magalhães, mas com uma pequena adaptação, dir-te-ei sempre:
"Quando fores grande não me importo que sejas médico, engenheiro ou professor.
Quando fores grande quero que continues a ser um brincador..."
Que felicidade me deste em ser tua Avó!!!

domingo, 25 de julho de 2010

UMA BOA SEMANA

"É diferente a espera e a esperança. Se estou à espera do comboio que não chega, digo a mim mesmo: "tem paciência, espera". Mas também oiço uma voz cá dentro que diz "tem esperança"; isto é, mesmo que o comboio não chegue podes crescer com esta situação, podes tirar partido dela e até inventar outra saída.

A espera é de coisas materiais. A esperança abre horizontes e dá sentido ao que nos acontece."

Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

sábado, 24 de julho de 2010

HE,HE,HE, MAFALDINHA...










Esta Mafaldinha é mesmo muito ingénua!

Contudo e como sempre deixa-me a pensar.

Que Mundo e que País estamos a deixar aos nossos filhos e netos???

sexta-feira, 23 de julho de 2010

AOS PAIS

Foi a união mais bonita que tive a felicidade de viver de perto!

Em todos os momentos de uma longa vida nada houve que fizesse os Pais fraquejar, desistir.

A mim incutiram princípios, tão fortes e sólidos, proporcionando em simultâneo uma vida tão feliz.

Felicidade essa que foram os alicerces que me fizeram crescer e a manter-me de pé em alturas menos fáceis como agora neste momento que passo.





















A Mãe teve que esperar, exactamente 10 anos, para voltar a juntar-se a si. Tinha de certeza uma missão ainda a terminar e assim, mais uma vez, sacrificaram-se por amor, às filhas e aos netos.

Terminada a mesma, no dia 23 do mesmo mês e com o intervalo acima mencionado (10 anos), a Mãe parte para se juntar ao Pai.

Estão como sempre os vi: juntos! Juntos mas olhando sempre por nós!

Muito obrigado por esta bela história de dádiva, de vida, de amor!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

SERÁ QUE SERÁ???

Será só brincadeira?

Poderá mesmo ver-se isto?

Se este" centrão" se mantiver, que eu não sei se é mais socialista ou social democrata, e depois de terminadas as férias, os "boys" vão aparecer e realmente não deve haver "pasta" para todos.

Mas não esquecer que todos, dão os seus préstimos para bem da Nação!!!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

COMO É FÁCIL ESCOLHER...

Que poderei dar ao Vabenne, que hoje faz anos? Um livro, um cd, uma caneta para a sua colecção?

Poderia mas quem passa a meu lado, sempre presente durante 39 anos, com quem partilhei tudo da minha vida, a quem me entreguei conhecendo mutuamente defeitos e qualidades, com quem vivi momentos muito felizes e outros mais difíceis, com quem partilhei os mesmos pontos de vista ou discórdias, só posso dizer:

- Meu amor, hoje meditando vi que depois de todos estes anos juntos, a única infelicidade que me poderias dar seria partires antes de mim.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

UM POSTAL DE FÉRIAS - DESAFIO DO CR!

O Carlos, das Crónicas do Rochedo, fez um dos seus desafios: postais de viagem e a sua história!

Como não tenho do que vou descrever, pedi-lhe autorização para tirar imagens da net.

As minhas primeiras férias de praia, no Oriente, foi à ilha de Hainan, na China. Na altura, em 1987, ainda não era conhecido este paraíso e não havia praticamente estrangeiros.

Ficamos na cidade Sanya e íamos para a praia duns "táxis" que no fundo eram uma espécie de atrelado adaptado a uma moto decrépita. Fomos um grupo de 9 pessoas, incluindo os filhotes, e dividiamos por 2 "táxis". A uma hora combinada, eles lá estavam para nos levar de regresso ao hotel. Belos dias passados na baía de Sanya com o mar azul, azul até demais!!!

Havia pescadores e por volta do meio da manhã todos ajudavam a puxar as redes. Os chineses riem-se muito quando nos vêm a colaborar nas suas tarefas e como os meus filhos já "arranhavam" o mandarim, dava perfeitamente para comunicarmos!!!

Claro que também visitamos a ilha onde habita a etnia Li, mantendo as suas tradições ancestrais. A sua vestimenta é lindissima (como se vê na imagem) e tudo é feito à mão.

Contudo esta viagem marcou-nos profundamente pelo seguinte acontecimento.

Eu e o Vabenne andávamos a passear pela praia e encontramos um postal escrito em alemão, com uma direcção mas faltando o selo. Encontrava-se um pouco desbotado. Quardámo-lo com a intenção de, ao chegar a Macau, meter num envelope, contar o sucedido e enviar para o remetente.

Qual não o nosso espanto, quando dias depois, recebemos uma carta escrita por uma mãe, agradecendo o nosso gesto e informando que lhe tínhamos proporcionado notícias da filha que tinha partido de férias, e da qual nada sabia há mais de ano e meio!

Ainda hoje, guardamos com muita comoção, uma moeda que a Sra. nos enviou, para nos dar muita sorte e felicidade, pois com o nosso gesto tinhamos proporcionado uma hipotética esperança de encontrar a mesma!.

domingo, 18 de julho de 2010

UMA BOA SEMANA

"Há uma pergunta que me parece essencial: movo-me por prioridades ou por emergências? Isto é: ando a correr atrás de urgências, como tantas vezes nos acontece, ou sou capaz de parar e ver o que é prioritário ser feito?

Ser "bombeiro" é simpático, mas será esse o meu papel no mundo, aquela missão que a mais ninguém pertence?

Podemos ter que andar a "apagar fogos", mas que o imediato não encubra o essencial e que o contributo específico de cada um não se perca."

P. vasco Pinto de Magalhães, s.j.

À LISA E À LAURA!!!



Hoje, logo que abri esta caixinha, tive a alegria de ter notícias de duas pessoas que como diz Vinicius de Moraes: "A gente não faz amigos, reconhece-os".

A Lisa de quem eu já não tinha notícias há muito tempo e cuja porta por onde entro no seu cantinho tanto me "alimenta";

A Laura que me surgiu,há muito pouco tempo, mas que julgo que me foi "enviada" por um anjo da guarda.

Que benção começar assim um dia!!!

sábado, 17 de julho de 2010

UM FIM DE SEMANA EM CABO LEDO!

Continuando as minhas conversas com os queridos amigos Teresa Mexia e o Victor Chaby, as memórias não conseguem deixar de surgir com toda a velocidade e alegria!

Ontem surgiu temas para mais uma centena(!) de posts os quais irei pensar se os descrevo na integra pois a malandrice e a maluqueira era tanta...(não me posso esquecer que sou avó!!!).

Hoje irei descrever os fins de semana passados na Reserva de Caça da Kissama, em Cabo Ledo.

A Reserva era enorme mas em África as distâncias não são medidas! Contudo o meu amigo, num comentário que fez, descreve a sua extensão. Aí, na zona de Cabo Ledo, a Petrangol tinha descoberto petróleo. Foram feitas instalações que incluía uma casa de construção colonial que era utilizada pelos administradores (com uma varanda em redor), piscina, um pequeno bar no exterior e até um mini cinema ao ar livre! Estes equipamentos exteriores também eram utilizados por um grupo de tropa que fazia a segurança ao local. A casa, localizada no alto, tinha uma vista magnifica para a extensão de mar e areal a que se tinha acesso por uma ravina.

Íamos sempre um grupo de amigos: rapazes e raparigas.

A chegada, que normalmente era ao sábado, era passada entre a praia, uma volta de jipe pelos arredores, jogatina de cartas ou monopólio, e à noite cinema.

E aí começava logo uma das nossas "malandrices". O mini-cinema, enchia-se de tropa, que ali se encontrava "isolada" e portanto a chegada das meninas era algo de excitante! Os mais atrevidos e os oficiais "metiam" conversa à qual nós éramos toda ouvidos! Claro que o filme decorria e nem atenção prestávamos pois só sei que "captavamos" logo os mais giros, divertidos e com histórias também interessantes para contar!!!

Já tarde, regressávamos a casa porque a alvorada seria às 4.00horas da manhã, para fazer um safari" visual": elefantes, girafas, leões, etc.

A casa, como disse, era estilo colonial, em madeira, com varanda a todo o correr, janelas grandes com portada em madeira e uma contra portada somente com rede de mosquiteiro, salas e quartos espaçosos, ventoinhas de tecto, decoração simples mas confortável e em redor da casa, antes da vegetação, havia uma faixa larga de gravilha.

Lembro-me que dormia no quarto com a Teresa. Hoje penso que não tinhamos sequer a noção do perigo a que nos expunhamos.

Quando o silêncio imperava, sinal de que todos dormiam, saltávamos pela janela e íamos ou para a piscina tomar banho ou então ficávamos na varanda à conversa e a fumar! Tudo isto em "cuequinhas" pois as noites eram quentes.

Lembro-me que, uma das vezes, ouvimos passos na gravilha a aproximarem-se. A cama onde a Teresa dormia, ficava encostada a uma das janelas e ainda ontem, entre gargalhadas, tentamos recordar como "voamos" literalmente, da varanda para a cama e fechamo-la tão rápido!!! Continuamos sem saber...

Claro que já eram as 4.00h da manhã (nunca dormiamos), e lá nos juntavamos aqueles que queriam ir ver animais.

Por "picadas" (caminhos em terra batida por vezes com buracos e buracões!), entre arvoredo, aos saltos no jipe, ninguém percebia como eu mantinha a boa disposição e genica (e mal sabiam que eu e a Teresa nem tinhamos pregado olho!). Chegava a dançar!!!

O truque: aspirina com coca-cola. Dava-me uma "pica" do caraças!

Quando regressávamos a casa, aguardava-nos um magnífico pequeno-almoço, preparado e servido pelos dedicados empregados da casa de Cabo Ledo, na Reserva de Caça da Kissama, à qual o Tio Manel tinha acesso devido ao seu cargo na Petrangol.

Dormiamos então, com um olho aberto e outro fechado (!), porque antes de partir para Luanda,
queriamos ir novamente à praia e por vezes com o interesse de voltar a ver...algum oficial!

Não há Maldivas, Boracay, Puket, Kota Kina Balu,Havai, etc, (onde já tive a sorte de estar), que consigam fazer esquecer Cabo Ledo.

Por isso, o meu muito obrigado ao Tio Manel e Tia Maria Luísa, e às filhas mais novas por me terem convidado para estes momentos!

As fotografias foram tiradas do Google pois as verdadeiras foram roubadas ou queimadas por um alto dirigente cubano que usurpou a minha casa!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PREPARE-SE PARA O FIM DE SEMANA!

Minha maravilhosa vizinha bate na porta, eu abro e ela diz me:

- BOLAS, cheguei agora de um dia louco no trabalho, estou com uma vontade danada de me divertir, de me embebedar, de fazer sexo a noite toda.....você já tem algum programa, pra esta noite?

Respondo, cheio de interesse:- Hoje, ainda não!!!!

- Então será que você podia ficar com o meu cachorro?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O SILÊNCIO ATORMENTA-ME!!!

Ouvir dizer que há famílias que não tendo já resposta, devido aos milhares de pedidos, para ajuda de bens alimentares, tanto no Banco Alimentar, Juntas de Freguesia e Associações de Solidariedade, recorrem às escolas dos seus próprios filhos é, no mínimo, chocante.

Quanta pobreza escondida, quanta miséria espalhada, quanta dor guardada!

As pessoas que têm necessidades básicas, muitas nem nunca souberam o que isso era, transmitem no seu rosto, desalento, vergonha e por vezes até uma expressão de piedade por terem que incomodar.

Quando se verá, nesses mesmos rostos, estampada a marca da injustiça, a revolta das desigualdades, o espanto por se viver num país onde quem rouba um pão é ladrão mas quem rouba um milhão é barão?

É essa falta de espanto no rosto e o deixar cair os braços que tanto me assusta...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

BEM PROTEGIDO?!

Normalmente, quem tem internet,consegue com alguma precisão saber como vai estar o tempo.

O meu filho mais novo usa um site dos surfistas mas o Vabenne utiliza um americano que confia mais.

Eu depois só lhe pergunto: como vai estar o tempo? (é verdade ainda não lhe perguntei como estará o próximo).

Neste fim de semana esteve um calor abrasador. É preciso muito cuidado e muita protecção como já sabemos.

Agora este "mexicano" não sei se pôs protector solar 20, mas sei que teve muita sorte, pois não estava rodeado de burros e/ou mulas, que tanto abundam por aí.

Muito gostaria eu de saber onde será esta praia tão isolada...!!! É deste sossego e tranquilidade que eu precisava.


Fotografia de amigo de amigo a quem pedi permissão.

domingo, 11 de julho de 2010

UMA BOA SEMANA

"A maturidade é uma ave que levanta voo ao cair da tarde." Foi Platão que o disse, poeticamente.

E, realmente, os nossos "homenzinhos" feitos à pressa e cheios de opiniões, tal como os fabricam as nossas sociedades de aceleração e abundância, são tão infantis afectivamente!... O problema é ainda mais grave numa sociedade que não respeita os velhos."

P.Vasco Pinto de Magalhães, s.j
.

PEDIDO

Ontem o meu filho Afonso veio passar o fim de semana. Tivemos a notícia que um amigo se tinha suicidado. E por mais difícil que custe aceitar, não foi o único nestes últimos dias.

Nem por coincidência, um meu amigo do FB, pediu-me para partilhar este video. O mesmo peço eu.


sábado, 10 de julho de 2010

NÃO ERAM BONS???

Se recordar é viver eu tenho para mais vidas! Mas na verdade eu sou mais de viver o presente.

Recordo o passado com grande alegria, sem nostalgia e com o agradecimento profundo a quem mo proporciou e o acompanhou.

Mas nestes dias, com as conversas com amigos de Luanda, muita coisa tem saltado das gavetas!

Não quer dizer que fossem sempre iguais, até porque havia alguns que nem passava em Luanda.

Sábados e domingos íamos para a ilha do Mussulo, onde andávamos de sky aquático, puxados pelo fiel Fátima (já fiz um post ao mesmo - 22.08.2009) e muitas vezes nadar para a contra costa batida pelas águas magníficas do Atlântico.

Claro que também trabalhávamos para o bronze e aí valia tudo para além dos cremes habituais: manteiga de cacau, cola-cola e até uma brilhantina para o cabelos dos homens!!!

Depois por volta do fim da tarde, regressávamos a casa: se fosse sábado era os preparativos para qualquer festa em casa de um de tantos amigos. Por vezes as festas obedeciam a temas: festa dos vestidos compridos, das bermudas, festa havaiana,etc). Contudo as realizadas em casa das Mexias, Rebello de Andrade ou na minha tinham mais" frisson": os empregados nada
"viam" e os pais nem apareciam.

Eram as roupas, eram os penteados, eram as gotas de limão nos olhos para ficarem mais brilhantes (parecíamos corças aos saltos...), eram as pinturas e até mesmo já as pestanas postiças.

Tudo era resolvido na casa uma das outras e ajudávamo-nos ao som de gargalhadas, comentários e planos.

Claro que planos não faltavam: este ir-me-ia pedir namoro, iria dançar toda a noite com aquele, seria nessa noite que iriamos fazer as pazes, etc!

À entrada da casa, e se a festa fosse baladada, teria sempre que ficar um empregado
(na minha era o Xavito (de quem também já falei - 03.06.2009), à porta pois os "penetras" eram muitos!!! Meninas giras muito bronzeadas e com olhos que brilhavam no barulho das poucas luzes (!), gente conhecida, boa música, muito divertimento. Não era de se perder e aí soube o significado da cunha: deixa este entrar!

Aos domingos íamos sobre o tarde para o Mussulo e depois encontrávamo-nos no Clube de Caçadores para pôr a conversa em dia, para jogar ténis ou para somente conviver enquanto os pais atiravam aos pratos, jogavam bridge e as mães a canasta. Se houvesse um filme que nos pudesse interessar íamos logo alí ao lado ao cinema Miramar ou então até ao cinema Aviz ( cinemas em anfiteatro muito bonitos e o do Miramar com uma vista magnífica sobre a baía de Luanda. Assisti aí, a pôr de sol inesquecíveis.

Quando não fazia estes fins de semana era porque estava no parque natural da Kissama ou na Cela (e mais tarde...no Lobito!).

sexta-feira, 9 de julho de 2010

THOSE WHERE THE DAYS..



Há muito mais mas esta é uma das músicas que me faz relembrar o tempo em Luanda, vividos com tanta liberdade, descontração e alegria.

Fechem os olhos e irão rever tanta coisa que aconteceu no momento certo na altura exacta!

QUE EMOÇÃO...

Oh meu querido V. Chaby andas "ocupadíssimo" com as tuas "farmville" do FB, mas conseguiste tirar uns minutinhos para comentar a lenda do Pirilampo. Sei que estás sempre do outro lado do telemóvel, mas comentar no meu cantinho?!!!

Podes crer que fiquei muito feliz! Conheces-me desde os meus 11 ou 12 anos e portanto vivemos juntos muitos dos tempos descontraídos que tivemos em Luanda.

Lembras-te como eu adorava andar de moto, coisa que o Pai não gostava nada com medo da minha maluquice? Eu fazia-te tal "choradinho" que tu lá condescendias! Tinha era que meter um capacete para não ser reconhecida. Por vezes ouvia com"ar angelical" o Pai comentar com a Mãe: há cada rapariga mais destemida! Hoje aqui perto de casa passei por uma dessas. Juro-te que, até hoje, nunca soube se desconfiava ou não...

Mas o que eu mais delirava era quando, atávamos uma corda atrás da tua moto e deitada num skate, tu me puxavas. Quando hoje penso nisso até sinto um arrepio: deitava a barriga (pois era a base do skate), as pernas dobradas a 90º para cima e as duas mãos a segurar a corda. Andávamos distâncias razoáveis e era o meu corpo que ajudava a seguir as curvas e contra curvas.

Quase de circo, meu querido. O pior foi quando, numa dessas sessões apanhei julgo que, um caroço de manga. O skate foge-me debaixo do corpo e entre tu te aperceberes e eu largar a corda, as calças compridas que trazia vestidas, desapareceram parcialmente!!! As calças eram o menos agora as pernas e o ter que contar em casa o que tinha acontecido é que me preocupava.

Tenho a certeza que encontrei uma boa saída!

É verdade também te lembras com quem namorávamos na altura? Isso não me lembro, mas que namoravamos, namoravamos...!!!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

TRAQUINICES DAS MENINAS...

Ontem o que recordei com a Teresa Mexia ao telefone( atenção que há muitos Mexia!). As diversas "patifarias" no colégio, as festas organizadas na casa delas, na minha e na das Rebello de Andrade, o curso de cristandade que resolvemos fazer (a ver se ficávamos mais santas?), as porcarias que punhamos para ficar com um bronze único, as "mentirinhas" que dizíamos aos nossos pais para dormirmos fora de casa, (lembras-te querida Piedade como acabaram em tua casa?), a adrenalina que procurávamos constantemente, as idas à Kissama com noites em claro e se queriamos ir ver caça grossa aguentávamos com aspirina e coca-cola (dava uma pica do caraças), etc,etc.etc. Razão têm os meus filhos para pedir que eu escreva a minha história!!!

Lembrámo-nos também da ideia que tivemos (sem gabarolice partiam maior parte das vezes de "je" ou senão um dizia "mata" e eu era logo das primeiras a dizer "esfola"!!!) de andar descalças na rua, no colégio, em casa dos nossos amigos, em todo o lado.

Tivemos logo a certeza que os nossos pais não iriam permitir. Era a onda hippie e nós queríamos ter essa rebeldia.

Fizemos umas tiras em croché as quais davam a volta ao dedo grande do pé, e ia até ao tornozelo onde o circundava e apertava com um pequeno botão! Visto de cima eram umas sandálias e que passado algum tempos tinham sola devido ao preto da palma do pé!!!

O gozo que aquilo nos deu por representar uma "afronta" a nível social!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

NUNCA DIGO NÃO!!!

Nós, as mulheres, que não percebemos nem gostamos de futebol, acabaremos um dia assim???

terça-feira, 6 de julho de 2010

TROCAS E...BALDROCAS!!!

Hoje, logo pela manhã, o Vabenne acordou com um grande sentimento de culpa pois durante a noite andava um insecto a incomodá-lo (a mim nem um bombardeiro me acorda!) e tinha conseguido liquidá-lo. Era um pirilampo.

É extraordinário um pirilampo e ainda por cima entrar para o quarto. Coitadinho também ele sofria com este calor!

Recuei uns anos e lembrei-me de uma situação que me ocorreu com este bichinho tão simpático. Contei, uma vez ao Carlos, na CR, mas vou descrevê-la aqui.

Até ao meu 5º ano (antigo) estudei no Colégio S. José de Cluny, passando depois para o liceu D. Guiomar de Lencastre.

Tenho que confessar que estudar, era para mim, a última coisa para a qual tirava algum tempo, pois havia sempre tantas solicitações (e qual delas a melhor).

Uma sexta feira, a Irmã Inês, professora de português e muito retrocidinha, avisa-nos que na segunda feira seguinte teríamos um ponto. Veio-me logo à cabeça, como iria arranjar tempo para folhear pelo menos a gramática. Ela, devido ao burburinho que foi na sala por nos dizer em cima da hora (!), indicou que o mesmo era composto por um texto, perguntas de interpretação, gramática e uma redacção que seria, ou uma história, fábula ou lenda.

Oh caraças! Tinha a solução!!! Decoraria o tema da redacção (uma história, uma lenda ou uma fábula) e teria pelo menos 10 valores.

E assim foi. Na segunda feira quando recebo o enunciado do ponto vejo que a redacção era sobre uma lenda. Toca a "esgalhar" a lenda do pirilampo, a qual eu tinha toda decorada, incluindo pontuação.

Faz lá vão muitos anos e ainda me lembro do início: "O pirilampo era, no principio do mundo, um insecto insignificante sem nada que chamasse sobre ele a atenção das crianças."......

Julgo que terei também respondido a algumas perguntas de interpretação e portanto estava tranquila pois aquele já estava "arrumado"!

Os pontos eram entregues com rapidez e qual não foi o meu espanto quando vejo a nota: uma negativa muito baixa e o pedido que a Mãe fosse falar com a Directora: confesso que transpirei mas depois ri-me perdida.

Em tudo o que escrevi pirilampo, "confundi" e escrevi pirilau!!! A freira, que me conhecia, julgou que eu tinha feito de propósito e, eu passei a heroína entre as minhas amigas e o ponto um ex-libris nas histórias do colégio!

A atitude da Mãe e depois do Pai? Já não me lembro. Só sei que continuei a ter imensas coisas
delirantes para fazer ou planear...

domingo, 4 de julho de 2010

UMA BOA SEMANA

"Há pessoas que procuram mais o psiquiatra que o confessor. Já foi ao contrário, e não é só questão de moda.

O psiquiatra procura desfazer as confusões, o confessor oferece a energia para as ultrapassar. O primeiro ajuda a olhar para a culpa, o segundo garante a graça de que é possível começar de novo, mesmo com culpa.

O assumir da culpa e o perdoar deviam andar juntos."

P. Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

sábado, 3 de julho de 2010


Ter amigos espalhados pelo mundo que me rodeia, muitos deles desde a minha infância, é algo que me deixa muito feliz e orgulhosa.

Com o meu post " abrir o jogo", choveram emails e mensagens por telemóvel. Muitos que estão distantes e que só nos acompanhamos por estes meios, custou-lhes a acreditar que meu estado físico pudesse estar assim, pois eu nunca me referi ao mesmo e o tom de voz e do sorriso era o mesmo que sempre conheceram.

Houve porem dois que me tocaram profundamente e que aqui irei referir.

O M.C.F. quando recordamos as vezes que faziamos sky aquático e mergulho com garrafas, lhe disse que já nem sequer conseguia entrar no mar sózinha, eu que adoro a praia, arranjou rapidamente uma solução: vais acompanhada até ao encoradouro x , entras para o meu barco e ao largo saltas para a água e deliciamo-nos! Fez-me saltar uma lágrima traiçoeira, pois "vi" a cena, relembrei-me dos nossos tempos no Mussulo onde éramos e fomos umas crianças adolescentes!

Outro foi uma mensagem da G.P.M. que mesmo sendo "corrente" me disse muito.

Aprendi...
Que não sabia quase nada,
Que sempre precisei aprender,
Que a vida é muito curta,
E não há tempo a perder!
Percebi...
Que nem tudo é possível
Que às vezes é difícil sorrir,
Que a vida é dura
Mas que tu não vais desistir!
Entendi...
Que quando sofro, eu vou saber,
Que a dor ensina a viver,
Que a vida é um longo caminho a percorrer,
Ao qual irei crescer!
Contudo compreendi...
Que quando tenho uma amiga assim,
Muito aprendi!

Meus amigos, com vocês tenho uma vida tão preenchida!

sexta-feira, 2 de julho de 2010





Fui, antes de iniciar este texto, ver o que tinha escrito há um ano atrás. Espantei-me como o tempo voa. Já andava preocupada com a evolução do meu estado físico. No intervalo destes medos aconteceram tantas coisas boas! A principal é que sou avó de um" estrunfe" encantador. Depois o Vabenne, os meus filhos e os meus amigos continuam tão perto quanto um chamamento.

Vou abrir o jogo:
Abreviando pois quem visita este cantinho, já se deve ter apercebido, eu fui sujeita a uma operação muito grave. Foi-me removido um tumor inter-medular entre a C2 e a D3, que me transformou a medula, devido à compressão num fio de 1mm.

Na altura tudo indicava que ficaria para ou tretaplégica. Saí da operação totalmente ilesa e os 8 meses que os médicos diziam que eu iria precisar de fisioterapia para recomeçar a andar reduziu-se a 1 e ao fim de 4 meses da operação, já trabalhava, guiava, dançava, cuidava dos filhotes, geria uma casa e uma loja!!!

O caso deu brado ,tanto no meio médico, como em família, amigos e até numa cidade pequena onde se passa a palavra tão depressa.

Precisamente em Maio do ano passado (mês que fui operada há 17 anos) e após umas quedas violentas, por situações não criadas por descuido, comecei a sentir o meu estado físico a piorar e a locomoção passou a ser feita com a ajuda de bengala, depois andarilho e agora se a distância é maior, por cadeira de rodas.

Há duas situações que me magoam muito:
- tão bonita, tão nova e já assim! Pergunto - caraças só pode acontecer aos feios e velhos?
- esse seu sorriso,esse seu astral tão positivo são exemplo para tanta gente que a própria Ana nem conhece! Caraças não exijam isso de mim!



Quando me perguntam: como está? eu só sei responder - vou andando! E o significado que esta expressão tem para mim, pois não sei durante quanto mais tempo a poderei dizer. Só quem está ou avança para a dependência total é que consegue sentir o peso de palavras que parecem tão simples.

Perguntam-me: como é possível conviver, sair, rir, continuar a gostar da vida, trabalhar, vibrar com as coisas quando se tem pela frente, um futuro com esse "peso"?

Abri o jogo e o que leio: amor!!! Amor por uma vida vivida em pleno.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Para nós, portugueses, acabou o Mundial de Futebol. Julgo que grande maioria dos meus compatriotas está desiludido. Eu devo confessar que não estou. E posso explicar porquê.

1. Deixamos de pagar 800 euros/dia, fora a estadia e os luxos, dos jogadores;
2. Vamos todos voltar a cair na real e ela é tão dura que não tinha tempo para ser empurrada para a frente, com umas "bejecas" e tremoços;
3. Uma selecção que só treina e joga com um determinado grupo de jogadores (cujo amor à camisola não é muito fiável pois eles jogam noutros países por amor ao dinheiro),é difícil fazer um conjunto coeso e unido.
4. Quando treinador e capitão têm razões de queixa um do outro deixa de haver chefia e objectivos.

Resta-me o consolo de que, com a lengalenga da energia positiva, tenhamos nós e os outros países, contribuído para a economia da África do Sul, desde que não caia em mãos corruptas como parece ser usual!

Contudo não poderei esquecer o Tiago, Coentrão e o guarda redes
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