"Só sabe dizer "sim" quem souber dizer "não". É tão difícil dizer "sim" quando deve ser e "não" quando tem de ser, tantas vezes contra tudo e contra todos.
Mas seria isso que faria a diferença. E seria o mais benéfico para o mundo.
A verdade não vai por maiorias. São os interesses,a imagem, as pressões que nos deixam sem liberdade.
Não fico sózinho se ficar com a verdade".
P. Vasco Pinto de Magalhães, s.j.
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domingo, 22 de maio de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
MUITOS PARABÉNS MÃE!
Hoje fazia anos Mãe. 76 anos. Imagino como seria e só posso imaginar uma senhora de figura frágil ( mas tão forte de princípios e força de vontade), sempre bonita, com o seu ar e sorriso bondoso e com os seus cabelos prateados ou de um loiro muito suave.
Tenho muitas saudades da sua presença, dos seus conselhos, das suas palavras sinceras e tão amigas.
Mas sei Mãe que está melhor onde se encontra: está acompanhando todos os que lhe são queridos e a todos dá um sinal de coragem, de alegria, de conforto. Disso não tenho dúvidas!
Como aguentaria aqui a perda do seu neto quando eu sei que estiveram e estão juntos? Como aguentaria ver a minha dôr aqui, quando eu sinto as suas palavras de consolo tão fortes e animadoras que me diz?
Está melhor onde está Mãe e eu fico feliz por isso. Hoje mais do que nunca, hoje com mais certeza do que julguei ter.
Muitos parabéns querida Mãe!!!
Tenho muitas saudades da sua presença, dos seus conselhos, das suas palavras sinceras e tão amigas.
Mas sei Mãe que está melhor onde se encontra: está acompanhando todos os que lhe são queridos e a todos dá um sinal de coragem, de alegria, de conforto. Disso não tenho dúvidas!
Como aguentaria aqui a perda do seu neto quando eu sei que estiveram e estão juntos? Como aguentaria ver a minha dôr aqui, quando eu sinto as suas palavras de consolo tão fortes e animadoras que me diz?
Está melhor onde está Mãe e eu fico feliz por isso. Hoje mais do que nunca, hoje com mais certeza do que julguei ter.
Muitos parabéns querida Mãe!!!
terça-feira, 17 de maio de 2011
LUA DE MEL - 6ª PARTE E FINAL!!!
Tenho que acabar este capítulo da minha vida pois senão é uma vergonha! Começei a escrever ainda o ano passado e em meados de Maio ainda não terminei. Podia quase fazer um blog só com esta lua de mel, pois os episódios foram tantas, as sitações a que me expus tão variadas as emoções tão fortes que teria tema...!
Se conseguir claro, hoje termino pois vou resumir somente às funções que exerci, e não aos momentos e às emoções que os rodearam! Há alturas, contudo, que o coração fala mais alto!
Depois de trabalhar dos D Amou, fui apanhar cebolas. Trabalho muito duro fisicamente pois apanhava a hora do sol a pique, com um enorme campo à minha frente e sempre de cócoras. Era eu e 11 marroquinos. Faziamos uma pausa para fumar o nosso cigarrito e eles espantados com o trabalho rude só me diziam: vá para a nossa terra que nós, sendo pobres, não deixamos as nossas mulheres trabalhar assim. O único momento discontraido era quando tinhamos que limpar as cebolas: iamos para o armazem onde elas eram guardadas e, no fresco e sentados numa pilha enorme, tiravamos as cascas velhas às ditas. Dava para horas de paleio e troca de modos de vida!
Depois fui fazer as vindimas e o grupo era engraçado e alegre: tudo cantava e contava anedotas. Comi uvas até que me fartei. Juntavamo-nos todos ao almoço debaixo de um alpendre e eu só chegava a casa (castelo) depois das 5.00 na minha bicicleta. Ia feliz e contente por aqueles campos pois regressava ao lar onde tinha o Vabenne à minha espera cheio de saudades!
Eu não sabia o que era machismo naquela altura e nem me interessava: enquanto o Vabenne o Wagner, depois de um banho reparador ( eles tinham outros trabalhos agricolas com o D Amou) sentavam-se cá fora a tomar um aperitvo eu preparava o jantar ou passava a ferro feliz que nem a carochinha da história...!
Os serões eram passados na cavaqueira, mas deitavamo-nos cedo pois no outro dia madrugavamos.
Depois juntamo-nos os três na apanha da alface e encaixotamento das mesmas para o mercado abastecedor. Aí aprendi que se compra com os olhos e por isso fomos "industrializados" para colocar as melhores e mais viçosas por cima!
Estavamos em Outubro/Novembro e o frio era muito. Deixei várias vezes de sentir as mãos porque as alfaces estavam molhadas e tinha que bater com as mãos nas costas com muita força para elas "acordarem". Cruzavamo-las à frente e batiamos nas omoplatas!!! Começavamos a tirar a roupa(era às camadas) só para o fim da manhã. O nosso chefe e patrão aparecia logo ao início da jornada de calções e manga curta. Julgo que beberia aguardente não?!!!.
Depois fui convidada para ser baby sister a tempo inteiro da filhota de um empresário de uma fábrica. Começava a subir na carreira.
Aí surgiu uma convocatória para o Vabenne regressar a Portugal senão seria considerado desertor. Imagine-se Portugal em 75 em que a tropa era uma rebaldaria e todos eram dispensados. Passamos noites a ponderar o assunto e o Vabenne decidiu que era melhor voltar do que ter que passar a fronteira a "salto" sempre que quizessemos vir a Portugal.
E regressamos! Partimos duma madrugada no nosso 2 cavalos, arriscando a atravesar os Pirineus cheios de neve, num carro velho e sem correntes. Ao abrirmos a porta e estando o Wagner levantado para se despedir, estava afixada na mesma uma fotografia do Pinochet dizendo: procura-se vivo o morto. A nossa promessa tinha sido cumprida!!!
Foi uma lua de mel que nos uniu muito no sacrifício, no companheirismo na amizade que perdurou e perdura!
Se conseguir claro, hoje termino pois vou resumir somente às funções que exerci, e não aos momentos e às emoções que os rodearam! Há alturas, contudo, que o coração fala mais alto!
Depois de trabalhar dos D Amou, fui apanhar cebolas. Trabalho muito duro fisicamente pois apanhava a hora do sol a pique, com um enorme campo à minha frente e sempre de cócoras. Era eu e 11 marroquinos. Faziamos uma pausa para fumar o nosso cigarrito e eles espantados com o trabalho rude só me diziam: vá para a nossa terra que nós, sendo pobres, não deixamos as nossas mulheres trabalhar assim. O único momento discontraido era quando tinhamos que limpar as cebolas: iamos para o armazem onde elas eram guardadas e, no fresco e sentados numa pilha enorme, tiravamos as cascas velhas às ditas. Dava para horas de paleio e troca de modos de vida!
Depois fui fazer as vindimas e o grupo era engraçado e alegre: tudo cantava e contava anedotas. Comi uvas até que me fartei. Juntavamo-nos todos ao almoço debaixo de um alpendre e eu só chegava a casa (castelo) depois das 5.00 na minha bicicleta. Ia feliz e contente por aqueles campos pois regressava ao lar onde tinha o Vabenne à minha espera cheio de saudades!
Eu não sabia o que era machismo naquela altura e nem me interessava: enquanto o Vabenne o Wagner, depois de um banho reparador ( eles tinham outros trabalhos agricolas com o D Amou) sentavam-se cá fora a tomar um aperitvo eu preparava o jantar ou passava a ferro feliz que nem a carochinha da história...!
Os serões eram passados na cavaqueira, mas deitavamo-nos cedo pois no outro dia madrugavamos.
Depois juntamo-nos os três na apanha da alface e encaixotamento das mesmas para o mercado abastecedor. Aí aprendi que se compra com os olhos e por isso fomos "industrializados" para colocar as melhores e mais viçosas por cima!
Estavamos em Outubro/Novembro e o frio era muito. Deixei várias vezes de sentir as mãos porque as alfaces estavam molhadas e tinha que bater com as mãos nas costas com muita força para elas "acordarem". Cruzavamo-las à frente e batiamos nas omoplatas!!! Começavamos a tirar a roupa(era às camadas) só para o fim da manhã. O nosso chefe e patrão aparecia logo ao início da jornada de calções e manga curta. Julgo que beberia aguardente não?!!!.
Depois fui convidada para ser baby sister a tempo inteiro da filhota de um empresário de uma fábrica. Começava a subir na carreira.
Aí surgiu uma convocatória para o Vabenne regressar a Portugal senão seria considerado desertor. Imagine-se Portugal em 75 em que a tropa era uma rebaldaria e todos eram dispensados. Passamos noites a ponderar o assunto e o Vabenne decidiu que era melhor voltar do que ter que passar a fronteira a "salto" sempre que quizessemos vir a Portugal.
E regressamos! Partimos duma madrugada no nosso 2 cavalos, arriscando a atravesar os Pirineus cheios de neve, num carro velho e sem correntes. Ao abrirmos a porta e estando o Wagner levantado para se despedir, estava afixada na mesma uma fotografia do Pinochet dizendo: procura-se vivo o morto. A nossa promessa tinha sido cumprida!!!
Foi uma lua de mel que nos uniu muito no sacrifício, no companheirismo na amizade que perdurou e perdura!
domingo, 15 de maio de 2011
UMA BOA SEMANA
"Só uma profunda vida interior e uma visão adequada do mundo podem sustentar a esperança para além de qualquer crise. E neste mundo há crises e não podem deixar de existir dada a nossa vulnerabilidade e as dificuldades, mais ou menos grandes próprias da vida.
É um engano pensar num mundo sem luta. Ao deitar fora a oração, ao desistir do esforço, ao nivelar por baixo e sem exigência, ficamos prisioneiros das dificuldades e sem saída."
P.Vasco Pinto de Magallhães, s.j.
É um engano pensar num mundo sem luta. Ao deitar fora a oração, ao desistir do esforço, ao nivelar por baixo e sem exigência, ficamos prisioneiros das dificuldades e sem saída."
P.Vasco Pinto de Magallhães, s.j.
sábado, 14 de maio de 2011
COMO SOU FRÁGIL!!!
Como frágil eu sou! Julgava que as forças, até à pouco tempo, me davam para enfrentar as contrariedades, os obstáculos e as dificuldades que a vida, no seu dia a dia me ia colocando no caminho.
Mas não. Compreendi que para certos casos é preciso uma força estoíca e ela não existe dentro de mim.
Tento avançar dando dois passos para a frente mas logo a seguir recuei cinco. Fiquei pior do que estava e mentalizo-me que assim não atinjo os meus objectivos.
Paro, ganho folgo, trabalho esta cabeçinha e lá vou eu avançar uns seis passos. Fico contente pois já consegui mais que anteriormente. Mantenho-me assim mas uma recordação, um cheiro,uma frase e lá etou eu a ir para trás.
Parece um vira, ou qualquer outra dança, mas torna-se muito cansativa e frustrante.
Neste silêncio longo que aqui fiz, resultou uma conclusão que espero prosseguir, tanto na escrita, como no meu ia a dia: ando o que puder. Nem demais nem de menos mas nas medida das minhas possibilidades.
Que os meus amigos deste bairro blogueiro me compreendam e que eu volte a reatar as nossas
conversas, as nossas histórias, os nossos assuntos, que tanta falta me fazem!
Mas não. Compreendi que para certos casos é preciso uma força estoíca e ela não existe dentro de mim.
Tento avançar dando dois passos para a frente mas logo a seguir recuei cinco. Fiquei pior do que estava e mentalizo-me que assim não atinjo os meus objectivos.
Paro, ganho folgo, trabalho esta cabeçinha e lá vou eu avançar uns seis passos. Fico contente pois já consegui mais que anteriormente. Mantenho-me assim mas uma recordação, um cheiro,uma frase e lá etou eu a ir para trás.
Parece um vira, ou qualquer outra dança, mas torna-se muito cansativa e frustrante.
Neste silêncio longo que aqui fiz, resultou uma conclusão que espero prosseguir, tanto na escrita, como no meu ia a dia: ando o que puder. Nem demais nem de menos mas nas medida das minhas possibilidades.
Que os meus amigos deste bairro blogueiro me compreendam e que eu volte a reatar as nossas
conversas, as nossas histórias, os nossos assuntos, que tanta falta me fazem!
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