"Ai ué minina não faz isso! Patrão não deixa e se ele chega à confusão".
Quantas vezes ouvi esta frase e as saudades que hoje sinto delas e da nossa cumplicidade!
Eras (por onde andarás?) uma amiga que acompanhou muito das minhas traquinices e teimosias de menina determinada!
Andavas sempre vestida de branco que ainda fazia subressair mais o negro da tua pele acetinada.
Eras uma mulher bastante "avantajada" em altura e peso e sempre pensei que terias descendência baiana.
O teu sorriso, a tua alegria, o teu enorme coração encantava-me bem como aos meus amigos que num constante corropio entravam e saiam da minha casa.
"- Chê minina não faz isso. Patrão é bom mas ralha".
Depressa aprendi como amolecer ainda mais o teu coração quando os Pais saiam à noite e davam ordens rigorosas para não me deixares sair: não conseguias resistir a um copito de vinho do Porto e ao som de um merengue!!! Assim e em troca, davas-me a liberdade de ir ter com o grupo de amigos que me esperavam no largo!
Onde estiveres em Luanda (ou algures em Angola) sei que também te lembrarás sempre:
Ai ué amiga Guilhermina!!!
2 comentários:
Que engraçado, as semelhanças que estas mulheres têm com as baianas, o que é muito natural pois foram elas que chegaram à Bahía nos navios negreiros.
Todas temos uma Guilhermina na nossa vida, de quem recordamos com muita saudade.
Beijinho, Bacouca e parabéns pela bonita homenagem.
Patti,
Pessoas muito simples, que deram o seu melhor pelo nosso bem estar, e que felizmente aprendi sempre a dar o seu valor e agradecimento. De Africa guardo a grata recordação do pessoal que trabalhou lá em casa e que eram muito dedicados. Irei homenageando-os com muita gratidão.
Receber os parabéns de alguêm que escreve tão bem deixa-me...vaidosa porque demonstra que transmiti o que queria.
Muito obrigado e um beijo
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