Mas que baralhada! E eu começo a ficar com arrepios de nervos só de ouvir falar em "escutas", jogos de influências a nível dos "média".
Eu sei que tanto os políticos como os jornalistas usam esses meios, mas pelo menos saibam-no fazer para que tudo isto não pareça uma brincadeira de aprendizes.
Vivi há anos, pelo menos dois casos que me mostraram como as coisas se fazem.
1º - Era secretária particular de um membro do governo em Macau. Ele tomou posse e uma semana depois vem a Lisboa. Sou contactada por um jornalista, que escrevia a crónica do jornal mais lido. Pergunta-me:
- O Dr.M.M.S. tomou posse à uma semana, numa altura difícil e delicada para o território e já vai para Lisboa. Vai em serviço?
- Concerteza que vai em serviço!(voz categórica e segura)
Nesse dia a noticia é dada assim:
O Secretario de Estado acaba de chegar a Macau. Passado apenas uma semana, vai a Lisboa. Contactada a sua secretária a mesma informou-nos que "concerteza" ia em serviço!
Bastou umas simples aspas para se puder intrepertar como bem conviesse. Trabalho bem feito.
2º- Havia o conceituado jornalista que resolveu "escamotear" coincidências, factos, que em determinada altura, corriam em Macau. Estava a levantar muito o veu e nem tudo era o que parecia. Mas ele era respeitado e portanto os seus artigos tinham muito impacto.
Convida-se o jornalista para uma estadia, é muito bem tratado, recebido por quem queria e oferecido uma avença de 100 contos/mês. Macau passou a ser, ou banida dos seus artigos ou um caso digno de exemplo. Trabalho bem feito
Claro que não concordo com nenhum destes procedimentos mas "anjinha" também não sou. Isto sempre existiu e há-de continuar mas, numa fase destas, não era melhor reunir esforços para coisas muito mais urgentes?
Por favor, tenham juizo meus senhores!
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