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sábado, 13 de agosto de 2011

Sementes ao vento!

Gostaria de deixar aqui um post que escrevi no blog do meu filho Afonso e que para mim retrata bem o que ele foi na sua curta vida. Sem pieguices, sem choros mas com um orgulho muito grande!




"A sua vida curta deixou sementes como que atiradas ao vento por todo o lado onde foi passando. Há quem passe uma vida longa sem deixar nenhuma!

Desde muito pequeno e até partir, foi atirando "pós" de amizade, de camaradagem, de companheirismo às pessoas que lidou de perto. Tem amigos verdadeiros da infantil, da primária, do secundário e da universidade. Deixou amizades sinceras nos seus colegas de trabalho e nos companheiros das festarolas, dos encontros para a jogatina, das churrascadas ao fim de semana, dos encontros em sua casa com bom gosto culinário e dos destinados simplesmente à desbunda! Foi sincero e amou todos como eles foram para si.

Sabia guardar um segredo como de mais sagrado se tratasse. Deu-se com pessoas humildes e mais cultas com a mesma igualdade de tratamento.

Concerteza zangou-se, teve que dar um berro ou um murro na mesa mas tenho a certeza que no instante seguinte estava tudo esclarecido, esquecido e de bem.

Não aceitava a maldicência, a falta de respeito, a inveja ou a traição. Amou a sinceridade com toda a sua força!

O ambiente à sua volta era de uma alegria contagiante e quantas vezes era criado e incentivado pelas suas "maluqueiras" como, anedotas, caracterização de pessoas, música alta, danças do kizomba como se tivesse aprendido em África e imitações dos nossos patrícios africanos! Ninguém conseguida continuar mal-disposto ou zangado depois dessas tropelias!

Por isso é que, meu querido, os seus amigos em vez de "pesâmes"ou "sentimentos" me disseram uma frase que naquele momento e que tantas vezes me lembro, desse tanto orgulho a esta Mãe:

OBRIGADO PELO AFONSO!!!



5 comentários:

Dreamer disse...

Que lindo, Bacouca!

Bacouca disse...

Dreamer,
Julgo ser um retrato fiel do meu filho e na verdade eram centenas de jovens, chorando a agradecer-me o Afonso. Foi-me muito marcante.
Beijo

Lucia Luz disse...

Bacouca

Obrigada pelo Afonso e pela mãe dele.
Beijos

Bacouca disse...

Luz,
Nunca tinha ouvido num enterro essa palavra "obrigado" e começou num e depois foram centenas a dizer. Sensibilizou-me muito.
Beijo

Carla Morais disse...

Cara Bacouca,

Os seus comentários sempre tão doces e sábios no blog da Di, trouxeram-me aqui novamente.

E comento naquele que foi o post mais bonito, no meio de tantos outros tão bonitos que li (como os do netinho, por exemplo).

Gosto muito de a ler e vou segui-la, se me permite.

Desejo-lhe as rápidas melhoras e ânimo, que é o mais importante para melhorar - começa por dentro, não é? :)