Seguidores

terça-feira, 4 de maio de 2010

Em breve irei passar uns dias neste mesmo sitio onde estive o ano passado: termas de Monfortinho! Quem aprecie sossego, beleza natural, boa comida, passeios agradáveis, encontra aqui.

Não faço termas mas poderei eventualmente aproveitar o SPA, a piscina. Sobretudo quero espairar o meu olhar para esta variedade de verdes, escutar de manha,os diversos cilrrear dos pássaros, deliciar-me com a serenidade dos fins de tarde na magnifica esplanada e adormecer com o luar a iluminar o quarto!

Uns bons livros, uma boa companhia e tenho a certeza que, como me aconteceu o ano passado, saio de paz com o Mundo!
Depois poderei eventualmente conhecer pessoas que surgem para enriquecer, ainda mais, a minha vida como foi o caso do Micael.

Estagiário de turismo nesse ano, encontrava-o ou na esplanada ou na sala de jantar: tímido, inseguro, tentando dar o seu melhor sabendo que disso dependeria o seu futuro profissional (e quem sabe uma importante ajuda para o sustento da família).

Eu entabuava conversa com o Micael e notava a sua ânsia de aprender, de se valorizar. Havia uma sala, onde se podia fumar, chamada "Sala Brama". Ninguém ainda lhe tinha explicado qual o significado do nome! Sempre que eu ia tomar café, ou na sala Brama ou na esplanada, o meu querido Micael aproximava-se feliz aguardando a uma curta distância, o que de novo iria aprender ou contar.

Na véspera de partir, cheguei tarde ao hotel e portanto só encontrei o Micael, à hora de jantar. Perguntou-me como tinha corrido o dia e confessou-me que toda a tarde tinha aguardado pela minha chegada:

"- Não sabe o quão importante é para mim falar com a Sra!
- Eu também gosto muito. Hoje o passeio que dei foi maior e portanto cheguei mais tarde.
- Não tem importância. Amanhã talvez.
- Amanha vou-me embora Micael mas prometo que volto.

Acabado o jantar o Micael surge com uma folha de papel e uma caneta.

" - Se não fosse incómodo gostaria muito que a Sra. me escrevesse algo
- Porquê e o quê Micael?
- O que não sei, o porquê sei bem: foi a 1ª sra. que me falou de igual para igual, com quem aprendi coisas interessantes e a mais simpática, desde que estou a estagiar neste hotel."

Confesso que me tocou profundamente saber que uma atitude normal, pode ainda tocar jovens no início das suas carreiras, neste nosso País...

Espero encontrar o Micael dentro em breve, mas mais seguro e ciente que o seu trabalho feito com dedicação é tão importante e gratificante como qualquer outro!

6 comentários:

Patti disse...

Repousante e comovente este texto, Bacouca.
Um beijinho e muito boa sorte para o Micael.

Bacouca disse...

Patti,
Que bom ter a sua visita. É sinal que regressou ao blogobairro.
Pode crer que esse miúdo Micael me marcou pela sua simplicidade, delicadeza e tantos sonhos misturados com medos já na sua cabeça. Deus queira que o encontre ou saiba que está melhor!
Beijo

Anónimo disse...

Ola Bacouca
Fiquei comovida com o teu comentário, mas e algo que eu já não soubesse. Tens um dom inato de cativar as pessoas, que após um 1º encontro nunca se esquecem de ti.
Boas Férias.
Bjo
Janocas

Bacouca disse...

Minha querida,
Se é dom, eu nada contribui para te-lo, mas aproveito-o para meu bem!!!
Não vou estar contigo antes das mini-férias? Caraças depois falamos...
Mil beijos

Anónimo disse...

Em miúdo fazia Termas no Vidago co os meus pais e, talvez, por isso, sempe que posso gosto de passar um fds prolongado numas termas. Temos algumas muito boas e agradáveis.
A história do Micael é emotiva e cativante.

Bacouca disse...

Carlos,
Tambem tenho na memória as estadias dos Pais quando vinham a Portugal passar férias das termas das Caldinhas. Claro que eu não ficava naquela "pasmaceira"(achava eu na altura),preferindo o social da Foz!
Agora acho-as repousantes e estas aconselho pela paisagem e hotel.
O Micael marcou-me e estou ansiosa para o voltar ver!
Beijo