"Aquele cantinho que é só meu e que não conto a ninguém".
Há quem tenha a teoria de que, quando se encontra algo de bom ou onde se sinta bem, não se deve fazer propaganda para que não seja conhecido.
Eu em parte, sou capaz de perceber pois hoje o dinheiro paga tudo e a generalidade das pessoas não sabe apreciar um local pelo sossego, pela beleza mas sim porque é moda. Assim estes locais, cada vez mais raros, passam a ser invadidos por gente barulhenta e incómoda.
Mas eu tenho amigos que merecem saber o gozo e bem que me faz, um dos poucos locais em Portugal, donde vou e saio com as pazes feitas com o mundo: Termas de Monfortinho - Hotel Fonte Santa.
Já uma vez escrevi sobre o mesmo mas focalizei-me mais no conhecimento tão sincero e humano que travei com o Micael, empregado estagiário do Hotel. Soube notícias dele pelos colegas.
Engraçado que passado um ano, os mesmos empregados ainda se lembravam de nós e dos nomes! Isto dá logo a sensação de um local à escala humana e não dos números! E estou certa que, nos meses de Julho, Agosto e meados de Setembro estão" over booking". Mas em fins de Maio e Junho ainda é sossegado, segundo me informou o chefe de mesa, o Sr. José.
A cozinha é muito boa, dirigida pelo Mário, rapaz novo, que introduziu pratos tradicionais com um toque nada exagerado de "nouvelle cuisine". Soube que adoro cogumelos, dirigiu-se à mesa e perguntou-me em que dia contava almoçar para me preparar um menu especial. Claro que só podia ser cogumelos! Que delícia, que delicadeza de sabor e...atitude! Ele até pedia -sugira menus!!! -Olhe hoje gostava para o almoço um arroz de perdiz e para o jantar polvo à lagareiro. - (isto é de um hotel moderno?!!!).
Este ano ficamos num quarto no r/c, mais espaçoso e cómodo para a minha locomoção: a vista espairava-se pelos montes que rodeiam o hotel, mas, como era o piso terreo, estava cercada de relva e arvoredo, ouvindo e vendo, centenas de passáros que ensaiavam, muitas vezes, entrar pela varanda do quarto. Vislumbrava-se a piscina com a sua água azul e que de noite, iluminada ainda se tornava mais bonita.
Desta vez, poucas incursões fiz nos arredores. Fui a Belmonte para me deliciar na sua magnifica pousada, um almoço à base de cogumelos ( naquela zona há pelo menos 12 variedades) e percorri a vila que se encontra bem cuidada na parte histórica. Noutro dia visitei Penamancor. Mas há mais para ver : Castelo Branco, Belgais, Idanha a Velha, Idanha a Nova, Monsanto, etc, que já me eram conhecidas.
Apesar de ter SPA e uma grande variedade de massagens, o hotel tem parceria com as termas,
indicada para vários tratamentos: estômago, intestinos, renites, pele, e uma piscina aquecida para variados fins, incluindo fisioterapia. Este ano resolvi fazer piscina e depois uma massagem com um profissional encantador!
As termas têm um ar muito arranjado, com belíssimo equipamento, profissionais à altura e acima de tudo com uma organização exemplar! Fiquei fã.
Posso dizer: venho com as pazes feitas com o Mundo!
GJ:Trouxe-lhe tudo o que era possível de indicações. Indique-me um sítio no Porto que eu faço lá chegar.
2 comentários:
Bacouca, fiquei com "água na boca" depois de ler este seu post. Penso que não haverá prospecto ou informação que melhor resuma o que devemos saber antes de embarcar.
Eu já tinha deitado um olho ao site do Hotel, que agora completei com a sua informação. Irei marcar uns dias em Setembro ou Outubro, depois da azáfama do Verão.
E Bacouca, deixe-me dizer-lhe que fiquei muito sensibilizada por estar nos seus pensamentos. É recíproco.
Um grande abraço.
GJ
Ainda bem que ficou com uma ideia.
Penso que essa altura será também agradável pois a "multidão" já partiu!
Pode querer que a "acompanho" desde o início que conheci o seu cantinho e que ambas ganhamos um "prémio" das Crónicas do Rochedo com uma história relacionada com música...!
Um beijinho
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