Se recordar é viver eu tenho para mais vidas! Mas na verdade eu sou mais de viver o presente.
Recordo o passado com grande alegria, sem nostalgia e com o agradecimento profundo a quem mo proporciou e o acompanhou.
Mas nestes dias, com as conversas com amigos de Luanda, muita coisa tem saltado das gavetas!
Não quer dizer que fossem sempre iguais, até porque havia alguns que nem passava em Luanda.
Sábados e domingos íamos para a ilha do Mussulo, onde andávamos de sky aquático, puxados pelo fiel Fátima (já fiz um post ao mesmo - 22.08.2009) e muitas vezes nadar para a contra costa batida pelas águas magníficas do Atlântico.
Claro que também trabalhávamos para o bronze e aí valia tudo para além dos cremes habituais: manteiga de cacau, cola-cola e até uma brilhantina para o cabelos dos homens!!!
Depois por volta do fim da tarde, regressávamos a casa: se fosse sábado era os preparativos para qualquer festa em casa de um de tantos amigos. Por vezes as festas obedeciam a temas: festa dos vestidos compridos, das bermudas, festa havaiana,etc). Contudo as realizadas em casa das Mexias, Rebello de Andrade ou na minha tinham mais" frisson": os empregados nada
"viam" e os pais nem apareciam.
Eram as roupas, eram os penteados, eram as gotas de limão nos olhos para ficarem mais brilhantes (parecíamos corças aos saltos...), eram as pinturas e até mesmo já as pestanas postiças.
Tudo era resolvido na casa uma das outras e ajudávamo-nos ao som de gargalhadas, comentários e planos.
Claro que planos não faltavam: este ir-me-ia pedir namoro, iria dançar toda a noite com aquele, seria nessa noite que iriamos fazer as pazes, etc!
À entrada da casa, e se a festa fosse baladada, teria sempre que ficar um empregado
(na minha era o Xavito (de quem também já falei - 03.06.2009), à porta pois os "penetras" eram muitos!!! Meninas giras muito bronzeadas e com olhos que brilhavam no barulho das poucas luzes (!), gente conhecida, boa música, muito divertimento. Não era de se perder e aí soube o significado da cunha: deixa este entrar!
Aos domingos íamos sobre o tarde para o Mussulo e depois encontrávamo-nos no Clube de Caçadores para pôr a conversa em dia, para jogar ténis ou para somente conviver enquanto os pais atiravam aos pratos, jogavam bridge e as mães a canasta. Se houvesse um filme que nos pudesse interessar íamos logo alí ao lado ao cinema Miramar ou então até ao cinema Aviz ( cinemas em anfiteatro muito bonitos e o do Miramar com uma vista magnífica sobre a baía de Luanda. Assisti aí, a pôr de sol inesquecíveis.
Quando não fazia estes fins de semana era porque estava no parque natural da Kissama ou na Cela (e mais tarde...no Lobito!).
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